O peso e a altura nos fornecem o valor do IMC (kg/m2) que serve de rastreio para prevenção de doenças, porém não temos como mensurar a quantidade de gordura corporal e massa magra no peso avaliado. A balança nos mostra a totalidade e não a qualidade – por exemplo: uma pessoa pode estar dentro de um valor adequado de IMC, porém estar com baixa musculatura e excesso de gordura corporal, permanecendo com risco de desenvolver doenças metabólicas (“falso magro”). 

Além disso, a mensuração da massa magra nos possibilita combater a sarcopenia que atinge idosos, pacientes portadores de doenças que causam perda de musculatura, atletas e praticantes de atividade física que necessitam de performance, controle da perda ou ganho de cordura corporal em processos de emagrecimento ou ganho de peso, otimizando a escolha da conduta terapêutica, etc. Ainda, com este exame, é possível acompanhar o excesso de líquido em pacientes cardiopatas e nefropatas.

A Bioimpedância (BIA) é um exame que detecta a composição corporal do indivíduo. Para isso, utiliza-se um equipamento com eletrodos que induzem a passagem de uma baixíssima corrente elétrica pelo corpo, indolor e não invasiva. No exame, são analisados a Reactância e Resistência à passagem dessa corrente. Esses índices detectam a massa livre de gordura (músculos, ossos e líquidos) e a porcentagem de gordura corporal. A gordura é resistente à passagem da corrente elétrica, entretanto, os outros tecidos facilitam a passagem dela.

Existem alguns tipos de aparelhos de bioimpedância: monofrequencial e multifrequencial. As monofrequenciais são bipolares e possuem apenas 4 eletrodos, que são posicionados na mão e no pé do paciente que deve permanecer sob decúbito dorsal (deitado). A impedância monofrequencial concede o valor da composição corporal total. 

As impedâncias multifrequenciais são tetrapolares e possuem 8 eletrodos (4 posicionados nas mãos e 4 nos pés). Geralmente, esses aparelhos são apresentados como plataforma/ balança. São as mais modernas e são capazes de verificar o peso, a composição corporal total e segmentar, ou seja, a composição nos membros separadamente (braço esquerdo e direito, tronco, membro inferior esquerdo e direito).

Para um resultado fidedigno e confiável, é necessário utilizar um aparelho calibrado e profissional, além do preparo adequado para o exame. Há no mercado diversas balanças com a função de avaliação da composição corporal, porém não é possível garantir sua confiabilidade e sua calibração, podendo apresentar resultados discrepantes da realidade.

Estado de desidratação e edema (por exercício, período menstrual, diarréia ou outra condição clínica), pois a água é indutora da corrente elétrica.

Os equipamentos mais modernos avaliam a porcentagem de gordura corporal (PGC) total e segmentada, massa magra total e segmentada, gordura visceral (intra-abdominal), porcentagem de água corporal total e segmentada, massa óssea, proteínas e minerais, peso, relação cintura-quadril, IMC (kg/cm2) e cálculo estimado da taxa metabólica basal (TMB).

24 antes:

1. Ingestão de 2 litros de água.
2. Não fazer atividade física intensa ou frequentar sauna.
   
3. Não ingerir alimentos/bebidas (café, chá mate/preto, chocolate, energéticos, suplementos, etc) que contenham cafeína, estimulantes ou álcool.
   

No dia do exame:

1. Jejum de 3 horas.
   
2. Manter hidratação.
3. Esvaziar a bexiga antes do exame.
4. Remover acessórios e peças de metal.
5. Utilizar roupas leves (ginástica, top e bermuda, bermuda, ou camiseta e calça leve).

Gestantes, pacientes portadores de marcapasso cardíaco e mulheres no período menstrual.

A resposta é sim, podem. A diferença é que o implante de silicone será interpretado como gordura, sendo necessário descontar o valor da PGC, e a prótese de titânio será interpretada como massa magra.